Em nada interfiro senão
por vaidade. Pela insanidade de julgar o bem segundo meus
interesses. Vai ser sempre assim, não subsisto senão por desejos. Desejos de
ver tudo certo, tudo em ordem. Vez por outra descanso na contemplação do caos,
na paz que encontro na música. Outras vezes na ousadia de amar sem motivos. Se me esperas, espere também pela minha
vaidade. Podemos combinar para estarmos juntos amanhã. Mas se abrirmos mão deste desejo, não teremos motivo para esperar por amanhã. Podemos estar juntos agora mesmo.