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Trabalho com TI, sou preocupado com questões ambientais.

9/25/2011

Não te quero só


Não te quero somente, eu quero todas as mulheres do mundo. Quero também a todos os homens do mundo e a todos quero em ti.  Quero-te nos meus filhos, nos meus amigos e nos meus sonhos. Eu tenho muitos, porque te quero muito. Só não te quero, só.

9/24/2011

A Chuva no domingo

A folha descia, curvando-se cada vez que uma gota de chuva vinda do telhado se desfazia nela. Haviam mais outras folhas espalhadas, no meio de folhas menores, mas não havia nenhum plano. Eu fitava esta, não sei porque, quando vi estava lá. Fui fiel, naqueles instantes, àquela folha. Talvez porque a goteira a acertasse mais em cheio e o seu balancear era mais solto que as outras. Eu a tempo havia desistido de dar forma àquilo tudo, de arrumar o jardim e as plantas já estavam pacíficas assim. Dividiam espaço com ervas que haviam crescido ali por acaso. A chuva fraca caia a vários dias e aquela folha aguardava agora a próxima gota, a quem iria novamente se curvar. Era abrigo aos meus pensamentos. Eu e tudo o que eu não sabia estava contido naquele cenário. Final de manhã de domingo, pouca gente na rua,  poucas expectativas. Ou  se haviam, iam ficando para depois e eu me demorava mais entre um gole e outro de chimarrão. A água ainda estava quente e sabia roubar meus outros sentidos. Já seria a hora da próxima gota, eu não deveria perdê-la. Percebi a  face da minha mão quente e com a forma da curva da cuia. Meu pensamento tentava escapar...será que tomamos a forma de quem protegemos?  A próxima gota estava por vir. O som dos pingos não era de agora, já havia se repetido várias vezes, estava copiada no tempo. Eu era uma espécie de encontro da chuva com as folhas.