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Trabalho com TI, sou preocupado com questões ambientais.

5/31/2004

Karma

O objetivo de estarmos aqui é por ainda não termos entendido os fenômenos à nossa volta. As coisas desaparecem assim que são entendidas. Enxergamos, percebemos o negativo, o falso. O que não existe.
Existe o todo. O que tudo contém. Agrupamentos de matérias, formando algo individual ou separado são ilusórios, frutos do ego. É o que nos faz parecer individual.
As manifestações ao nosso redor são os resíduos do nosso Karma. A libertação está numa espécie de nada, que em níveis de consciência elevado é percebido como sendo a verdade, mas incompreensível em nosso estado normal de percepção.
Assim são as pessoas que percebemos. São parcelas de nós mesmos que ainda não conhecemos. Por isso as percebemos com alheias a nós.
Onde e porque se deu esta separação é nossa  pergunta. Talvez seja mais fácil indagar o que nos mantém separados.
Resistimos em abandonar a individualidade. Queremos existir, sermos perceptíveis.  O isolamento nos atesta a existência.
Nossa existência nesta realidade física se caracteriza pelo julgamento e classificação de tudo o que presenciamos. Condensamos as energias de forma a tornarem-se palpáveis às nossas percepções. Estamos sempre percebendo o resultado da criação da nossa mente classificatória. Percebemos o mundo que nos cerca julgando tudo por um conjunto de valores, essencialmente a sua utilidade.
Então, muito embora não saibamos de onde viemos ou onde se deu a separação, é fato que queremos viver isolados. Queremos ser o que o outro não é. Assim, fazemos diferença. Temos a sensação de algo a realizar. Por nós. Não nos satisfaz se for realizado por outros!
Todas as coisas, para serem, segundo compreendemos, precisas ter propriedades, características. Características estas que devidamente filtradas pela nossa bagagem cultural as fazem perceptíveis.
O mesmo processo de criação se dá com relação às pessoas, inclusive conosco mesmos. Somos isolados por um conjunto de julgamentos. Principalmente do tipo “sou João. Então, não sou Pedro”. Se sou João, preto, católico, deixo de ser todas as outras coisas. Somos a exclusão do resto.